O espaço encontrava-se em total estado de abandono. A cor acinzentada, sinal da condição de pobreza do solo em matéria orgânica levou-nos a procurar terra de cor preta, vermelha-alaranjada e húmus de boa qualidade, a fim preparar o terreno para o cultivo de uma diversidade de plantas criteriosamente selecionadas.
Imagem captada depois da limpeza |
Sabe-se que quanto mais escura é a cor da terra maior, é a percentagem de matéria orgânica e de atividade microbiana.
Terra preta e humus bem misturados |
Aspeto do resultado da mistura da terra de cor vermelha e alaranjada |
As lages foram expostas de forma ordenada para nos deslocarmos sem pisar as culturas.
Começámos por transplantar e semear plantas de origem espontânea, provenientes de áreas não cultivadas, criteriosamente selecionadas. Este trabalho requer cuidados especiais. Um desses requisitos consiste em registar a posição de cada planta à luz solar no local onde vive, o que facilita a sua adaptação. O movimento das plantas ao longo do dia, designado de fototropismo positivo, é perceptível particularmente nas folhas, virando-se na direção dos reflexos do sol.
A maior partes das plantas autóctones tem uma extraordinária capacidade de resistência às intempéries, pragas e doenças. Fazem parte do equilíbrio ambiental e são importantes para a nossa nutrição pela riqueza das suas propriedades nutritivas e virtudes medicinais.
Relativamente à sementeira começamos pela tremocilha, porque se reproduz facilmente, ajuda a fixar o azoto no solo, melhorando a sua estrutura.
Aluna colocando as sementes de termocilha |
Termocilha amparando plantas mais delicadas |
Reunimos neste espaço uma diversidade de plantas, incluindo aromáticas e medicinais, criando uma atmosfera aprazível e saúdável.
A maior parte plantas estão a reproduzir-se magnificamente.
Alunos tratando das plantas |
A rega uma atividade que requer concentração |
Com trabalho e dedicação transformamos este espaço num pequeno oásis.
Zélia Sakai