sexta-feira, 22 de julho de 2016

A Minha Despedida da Horta

Eu hoje fui à horta com a Zélia, sem os meus colegas porque queria fazer a despedida este espaço, convivendo em silêncio com as plantas que aprendi a cultivar.
Colhi sementes de mastruço, uma das plantas aromáticas que mais gosto, pelo seu agradável aroma e sabor. 
Neste cesto levo sementes para plantar em vasos na varanda da minha casa e na minha mão cinco sementes, para as semear já de seguida.

Aprendi que as sementes acarinhadas germinam melhor.
Deixou-vos aqui as indicações principais deste processo de cultivo.
  1. Selecionei as sementes.
  2. Lavei o vaso de barro.
  3. Cobri o fundo com pedacinhos de pedras.
  4. Juntei terra de cor vermelha e preta.
  5. Coloquei as sementes.
  6. Cobri-as com um pouco de terra.
  7. Reguei.
Sigam setes passos e verão como é fácil cultivar em vaso.

Levo este vaso como lembrança da horta e espero contribuir para a propagação de tão especial planta.

Guardei um ramo seco de mastruço na algibeira das jardineiras do amigo espantalho, porque as minúsculas sementes conservam-se durante muitos anos. Tenho esperança que vão caindo neste solo fértil, reproduzindo-se infinitamente.
A minha mãe veio ter comigo à horta e junto do funcho registamos o momento de despedida deste pequeno oásis, que ajudamos a criar.
Terminei o 4º Ano e vou estudar para outra escola, quem sabe se continuarei a ter o privilégio de conviver com plantas que tanto bem fazem ao ambiente e à nossa saúde.

Leonor Mendes Pinhanços

sábado, 16 de julho de 2016

O Espantalho da Nossa Horta


Eu hoje ajudei a Zélia a colocar o espantalho da nossa horta. Construído em madeira, porque neste espaço só entram materiais bons para a terra e vestido com roupa usada dos alunos, em algodão.

Muda de vestuário com frequência, a fim de se manter a higiene necessária a uma horta e também porque a mudança de visual contribui para desempenhar melhor a sua fusão de espantar os predadores.

Está encostado a um medronheiro, para não se cansar. Este arbusto perene e resistente, dá frutos deliciosos.
Gostamos muito do nosso espantalho.

Leonor Mendes Pinhanços

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Mais um lanche com plantas da horta


No dia 8 de julho, a Zélia Sakai e a Marta Santiago, mãe do Gaspar, organizaram um lanche com plantas da nossa horta.
Desta vez foi no refeitório, porque estamos em férias e neste espaço todos os alunos podem partecipar. 
Eu ajudei a preparar o lanche.



Segui todos os passos para a elaboração do Biochá pelo processo de solução.
Encantada com todo o ritual li o artigo no livro Biochá para compreendermos melhor o processo de solução aplicado a outras plantas.
O lanche foi delicioso e divertido. Um pouco de bricadeira para disfarçar os rostos. Eu não preciso de disfarce, pois minha mãe deu autorização para eu partecipar nas atividades e ajudar a ilustrar o nosso blog.



Partilhamos o Biochá com um grupo que veio celebrar o aniversário de um aluno de uma outra turma.
Todos apreciaram a deliciosa bebida e, o Biochá amenizou os efeitos nefastos que os bolos provocam.


Leonor Mendes Pinhanços



quarta-feira, 6 de julho de 2016

Sobre Biochá

O Método consiste na convergência de conhecimentos do Ocidente e do Oriente e das minhas vivências.

A designação Biochá traduz a intencionalidade desta metodologia, utilizando-se exclusivamente folhas, flores ou pétalas, frutos, sementes e raízes, colhidas de forma a não afetar a planta mãe – princípio de preservação da vida. Este requisito contribui para a longevidade das plantas e bom aproveitamento das suas propriedades intrínsecas.
A preparação do Biochá inclui três processos: solução, infusão e decocção. Estes processos são elaborados em conformidade com as características inerentes à parte da planta acima mencionada, a fim de se extrairem os componentes de cada uma delas, numa harmonia revelada na autenticidade das cores, aromas e sabores do produto final.
Estes temas serão detalhados nas sessões sobre o Método Biochá, numa partilha de vivências.
Segue-se a fórmula do Biochá Vivificante servido no lanche.


Biochá Vivificante


Ingredientes:

1 litro de água 
1 mão cheia de folhas de alecrim, lúcia-lima, gerânio, steiva e pétalas de rosas, em igual proporção.

Processo: solução

Preparação:

  1. Coloque a água num frasco de vidro opaco, sem encher completamente.
  2. Junte os ingredientes e tape o frasco.
  3. Os seus componentes vão-se diluindo na água por um período aproximadamente de 5 horas. 
  4. Coe por um passador de inox para um bule.

Conservação:

Mantem-se cerca de 7 horas.

Como tomar:

  • Beba lentamente uma caneca em jejum ou 5 minutos antes da toma de outros alimentos. 
  • Repita a dosagem várias vezes ao dia.
  • Na totalidade poderá beber cerca de um litro, ao longo do dia até ao pôr do sol, durante 28 dias.
  • Faça um intervalo de uma semana.
  • Recomece com a mesma dosagem, dia sim dia não, durante o período de tempo que entenda conveniente.

Principais Indicações:


O Biochá Vivificante oferece um aroma balsâmico e um delicioso sabor refrescante. 
É uma bebida deliciosa e saudável. Disponibiliza as cores, os aromas e os sabores genuínos das plantas e outras substâncias essenciais tais como clorofila e vitaminas. 
Excelente complemento alimentar pela riqueza de nutrientes, elevado teor alcalino e ação purificadora. A ingestão de cerca de um litro produz um movimento rítmico, como o fluir da água no rio, banhando áreas profundas, eliminando toxinas e fornecendo substâncias essenciais ao organismo, revitalizando-o. 
Pode ser útil como coadjuvante no tratamento de doenças cardiovasculares, do sistema nervoso, reumatismos muscular e articular, depressão e perda de memória, administrado segundo as indicações do médico.

Zélia Sakai



Um lanche com plantas da horta

No dia 1 de julho, a professora Margarida Brito e a Zélia Sakai organizaram um lanche de convívio com alunos e familiares, na nossa sala de aulas. 
Compareceram tantas pessoas que tivemos de ir à horta buscar mais plantas. Colhemos folhas e flores sem afetar a planta mãe, como a Zélia nos ensinou.

Flores de mostarda
Coentros


Folhas de mastruço
Começamos pela degustação de uma taça de Biochá Vivificante, preparado pelo processo de solução. Muito apreciado. Refrescante e delicioso. Sentimos os aromas e sabores genuínos das plantas. 


Zélia falando sobre o Método Biochá
Aluna bebendo o Biochá Vivificante

O lanche incluiu a demonstração de infusões: uma de efeito tonificante e outra de efeito calmante. A Zélia explicou minuciosamente a preparação de cada uma delas, de acordo com as características da parte da planta a utilizar. Explicou também como  testar a temperatura antes de servir o Biochá. Colocou a taça no centro da mão, envolvendo-a com os dedos, e especificou: se se sentir que a temperatura é agradável, será por certo afável aos lábios e à garganta.
De seguida, a Zélia ensinou a descascar uma laranja, retirando a casca e a parte branca mais grosseira, de forma a evitar que a essência seja exposta ao ar, o que lhe provoca alterações perniciosas. Serviu-a com caules tenros de funcho, folhas de mastuço, o que facilita a digestão. Pode juntar-se também, folhas de hortelã, ou de manjericão  pétalas de rosas e flores de capuchinhas.



A mastigação dos caules tenros e enquanto mantêm a vivacidade estimula as enzimas digestivas, favorecendo o processo digestive; por isso, começa-se pela mastigação dos caules e só depois se come a laranja.



Já tinhamos aprendido o ritual do Biochá Vivificante e também este requisito de preparação da laranja no Dia Mundial da criança.
No lanche foi servido pão com manteiga de amendoim, folhas de coentros, ou de maturços, ou de hortelã e uma pétala de rosa. Decilicioso manjar.




O convívio foi muito agradável. Compareceram alunos de diversas turmas, alguns acompanhados dos pais e dos avós. 



Preceitos de Colheita

A aprendizagem da colheita requer observação atenta de cada planta no decurso do seu desenvolvimento a fim de se conhecer as particularidades de cada uma delas. Este princípio é fundamental para compreender quando e como se pode colher uma folha, uma flor, ou apenas as pétalas que naturalmente se desprendem e do fruto amadurecido. Ao colhermos cada uma das partes acima referidas, conforme o seu desenvolvimento, sem afetar a planta, contribuímos para a longevidade das plantas e bom aproveitamento das suas propriedades. 
Seguem-se imagens deste preceito de colheita de diversas plantas.
Colheitas de folhas de couve


As folhas da couve, ao atingirem a plenitude, sintetizam as propriedades da planta mãe, em especial cálcio e vitamina C. Nesta fase de vida começam a mudar a posição vertical, sinal de decadência. A colheita, quando começam a olhar para o chão, feita com o cuidado de não afetar as folhas que lhes estão próximo, para que continuem a desenvolver-se bem, favorece a evolução da couve. Este requisito contribui também para se usufruir dos benefícios que proporciona ao ambiente e à nossa nutrição. 

Quanto mais folhas colhemos da couve melhor se desenvolve.  


Colheita de folhas de funcho



Colheita de folhas de acelgas
Colheita de folhas de coentros
Colheita de flores de madressilva
Resultado da colheita no final de uma tarde no mês de junho

É gratificante ver o empenho destas crianças não só em apreender os preceitos de colheita como acompanhar o desenvolvimento das plantas. Estão atentos aos seus movimentos em relação à luz solar, (fototropismo positivo), numa descoberta continua das particularidades de cada uma delas em constante mutação.  



Recreio na Horta

Os alunos visitam a horta sempre que possível. Com as atividades na nossa leira ganham o gosto pela contemplação, pois cada dia são surpreendidos com o desenvolvimento das plantas.
Aprendem a observar cada planta com atenção, a fim de compreenderem as particularidades de cada uma delas, ponto de partida para trata-las devidamente.
É bom estar neste espaço, com tantas cores e aromas. Respira-se um mais leve e fresco.
As imagens que apresento são um reflexo do interesse e alegria dos alunos pelas suas plantas.



É gratificante ver a alegria e os benefícios que as atividades da horta proporcionam aos alunos.


Zélia Sakai

sábado, 2 de julho de 2016

Prática da Rega

A rega requer concentração, técnica e experiência. Há que apreender a regular o jato da água e direciona-lo para as folhas, ou para a raiz, conforme o estado de desenvolvimento de cada planta.

Regamos em grupo para segurar a mangueira, para evitar que toque no chão e também para não magoar as plantas.
Os alunos gostam de regar e aprendem com facilidade as regras para saciar a sede às plantas.


Neste período de férias recebemos a ajuda do Ricardo, (assistente) que veio mesmo a calhar, pois durante o verão temos de regar diariamente.
 Zélia Sakai

Atividades dos Pais e dos Alunos

Trabalhamos na horta no final da tarde com a colaboração dos meus pais.
O meu pai ajudou a cortar as canas e aproveitámos e fizemos uma
flauta de cana.
Sabe-se que as plantas gostam de música, em especial, canto e sons
harmoniosos de flauta.


Com as canas limpas e cortadas amparamos o funcho e outras
plantas. Utilizamos também corda sisal natural para envolver os
caules e as canas, protegendo as nossas plantas.


Foi uma tarde bem passada com os meus pais, a Zélia Sakai e colegas.

Francisco Candeias

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Visita ao campo

Fomos ao campo acompanhados com uns pais e com a Zélia.
Recolhemos terra vermelha-alaranjada e amarela.
Nesta aventura, descobrimos tremocilha, tomilho real, alecrim e nêveda.
A Zélia ensinou a recolher as plantas, marcando a sua posição ao sol para facilitar a sua adaptação no novo lugar.
Levámos umas para a horta e outras cultivámos em vasos nas varandas das nossas casas.
Fizemos um piquenique onde ,além do chá, comemos fruta com talos de funcho e sandes com folhas e flores de capuchinhas e mentas.
Foi um dia muito bem passado e ainda tivemos tempo para brincar.
Artigo elaborado pelo Gaspar e Manuel